23 setembro, 2010

Quer comunicar-se bem? Pergunte-me como

Desde cedo aprendi que a boa comunicação é fundamental para que qualquer tipo de relacionamento prospere, seja ele amoroso, entre pais, irmãos, amigos e até alunos e professores. Se eu não te entendo, interpreto da maneira que quero e nem sempre esta corresponde à verdade. Acho que escolhi cursar comunicação por isso - e por falar mais que minha boca, mas em minha defesa tem gente que fala tanto quando eu e não consegue fazer-se entender.

É fato que o silêncio também abre um leque de interpretações possíveis, já que todo mundo pensa e todo mundo também pensa que sabe o que o outro está pensando. Mas isso não vem ao caso. A idéia aqui comprovar, através do empirismo (desde a faculdade procuro uma forma de usar este termo. Consegui!) que a maneira como as pessoas se comunicam em seu dia-a-dia pode trazer problemas se não for feito com sabedoria.

Quando eu tinha uns 5 anos resolvi escrever um pequeno espetáculo. Chamava-se "O Circo do Palhaço". Deus sabe de onde eu tirei essa idéia. E só Ele mesmo, porque eu não faço idéia. Como sou boa comunicadora, porém não prodígio, não sabia escrever e pedi para a minha mãe redigir o que eu ditava e numa linguagem infantil narrei a ela a história de um palhaço que fazia palhaçadas. Simples assim. Ao final, eu queria dizer quem estrelaria a peça e disse, pausadamente, que o intérprete principal, no caso o palhaço, seria meu pai, que não estava presente para se defender. Digo defender porque aquilo, para minha mãe, pareceu uma ofensa terrível e se recusou a escrever o que eu pedia antes de falar com meu pai, que chegaria à noite do trabalho.

ODEIO desde sempre começar e não terminar as coisas, embora muitas vezes isso aconteça, então chorei por alguns minutos e esperei durante todo o dia meu pai chegar em casa para, assim que ele abriu a porta da cozinha eu correr até ele e falar, atropelando as palavras "pai, vc pode ser palhaço na minha coisa. A mãe não quer escrever. O palhaço é você. Vem escrever pra mim. Palhaço sem cabelo. Pode, pode pode????" Tudo isso nuns 3 milésimos de segundo e saltitando na frente dele. Óbvio que ele não entendeu nada, né?!

Neste dia aprendi que se eu quero que as pessoas me entendam, preciso de ternura e pronunciar as frases de forma concisa e coesa.

Foi este aprendizado que me fez, anos mais tarde, fazer com que todos os presentes na casa de praia de um amigo me entendessem direitinho quando disse, calma e pausadamente: "gente, está pegando fogo aqui", quando a mangueira do gás encostou no fogão, derreteu e o vazamento criou uma labareda enorme perto da pia. Foi um corre-corre enorme pra apagar aquilo, mas tudo na mais perfeita harmonia de ações e palavras. O dono da casa querendo chorar com a cortina chapiscada e eu lá, me comunicando corretamente. Ói que tudo.

Ainda quando era criança, acho que na terceira ou quarta série a professora de ciências entregava as últimas provas do ano já corrigidas, quando um dos garotos que já estavam meio na corda bamba pegou a folha sem olhar a nota e a apertou contra o peito dizendo: "ai, se for D...". Claro que (o paraíba) o filho de imigrantes nordestinos de origem humilde pronunciou aquilo tão rápido e tudo junto, igual tag do twitter que a professora o mandou pra fora achando que ele dizia "RaiSiFudê". O moleque não entendeu nada e repetiu de ano, mas um fato não está ligado ao outro - eu acho.

Mais recentemente pedi para meu pai vir me buscar em casa, porque eu queria levar as cachorras comigo para São Caetano e ele não se importa de fazer esse vai e vem. Minha mãe me liga um dia depois e diz que meu irmão faria isso. No dia marcado chega ele, com um bico imenso por ter abandonado o happy hour da sexta para me levar pra casa.

"Caceta, vc não podia pedir pro pai te buscar?" disse ele.

"Uai, mas eu pedi".

"A mãe disse que vc pediu pra eu vir te pegar porque eu estava mais perto"

Em casa, mais tarde: "Pô, mãe, vc disse pra mim que o Rafael iria me buscar. Achei que ele tinha se oferecido"

"Nããããão... eu pedi pra ele, porque ele tava mais perto" concluiu ela.

"Mas mãe, ele tá bravo comigo. Ele acha que EU pedi pra ele ir me pegar"

"Ahhh, mas foi o que eu disse pra ele. Vc não queria que alguém fosse te pegar?".

Ói minha mãe se comunicando mal e disseminando a discórdia dentro da própria família. Vou te contar, viu?

Update
A tia de uma amiga trabalhava numa empresa onde váirias vezes acompanhava a conversa de duas faxineiras após a limpeza do escritório e frequentemente escutava a frase: "Rá butô greid?". Intrigada e imaginando que elas falavam uma língua estranha, tipo mandarim, ela passou a prestar atenção nisso para entender o significado até que um dia uma luz abriu-se à sua frente e ela, finalmente entendeu que uma faxineira perguntava à outra: "Já botou Gleidy?" referindo-se ao spray com cheirinho para o banheiro!!!

Esse post não tem fim se eu der Update cada vez que me lembrar de uma dessas!!! Fala sério!

22 setembro, 2010

Ai vida...

Super vontade de escrever algo, mas sem muito o que dizer. Tanta coisa na cabeça misturada e abarrotando idéias que fica difícil dar lógica. Aliás, difícil e lógica são duas palavras que habitam meus dias, porém em momentos opostos e sem nenhuma ligação um com o outro.

Preciso de férias de mim mesmo, viu?

20 setembro, 2010

Curtas

  • Comprei um lápis de olho por R$ 2,00 porque ele vem com um apontador acoplado. Considerando o baixo preço será que corro o risco de ficar cega se o usar constantemente?

  • ODEIO embalagens de lápis de olho. É impossível cortá-la no local pontilhado.

  • Minha descarga está vazando há uma semana. Isso me torna ecologicamente uma anta?

  • Entrei na internet ontem para comprar livros e acabei comprando o quê? Mais maquiagem. Que fútil, né?

  • Adoro a Av. Paulista. Só lá a gente vê um bando de meninas dando gritinhos pelo Ronaldo Esper.

  • Amo receber os amigos, mas preciso me lembrar de não fazê-lo todos de uma vez. Não tenho estrutura nem espaço para isso. Tem louça na pia fazendo aniversário.

  • O cachorro de uma cliente chegou na loja dela com um cheiro delícia de chocolate e quando eu perguntei o que era aquele aroma ela respondeu que era a hidratação que fizeram no pet shop. Isso é muito mais fino que tomar floral. Fala sério!

  • Esta semana liguei a cafeteira sem colocar água, coloquei sabão em pó no compartimento de amaciante da máquina e esqueci de salgar o arroz. Quanto amadorismo!!!

  • Escrevi arroz com S. O corretor burro do Windows é quem me salvou. Tô mesmo a perigo.

  • Quando passei uma temporada na casa da minha mãe, meu pai voltou a ser o tosador das cachorras. Com a mudança, encontrei outro Pet Shop que fizesse o trabalho e esqueci de avisar minha prima, quando disse que “na minha região tem muito homosexual. Até o tosador das cachorras é gay” e minha prima: “MEU DEUS... tio Claudio é gay?” Ai meu Deus... o almoço de domingo!

  • É tarde para começar a curtir MUITO Green Day?

  • Já viram a propaganda de "Veet cera quente" na TV? Depilação com cera é a coisa mais agressiva que uma mulher pode fazer depois de parir e eles fazem parecer de uma delicadeza sem tamanho! Quem não conhece que compre!

  • Esqueci um algodão molhado de acetona sobre a mesinha da sala e saí. Quando voltei minha casa cheirava a laboratório de metanfetamina. Quase intoxico as dogas =S

  • E por fim, mas não menos importante, este sábado começa a Bienal de Artes de São Paulo =D. Tão phyno visitar a Bienal! hehehehe

08 setembro, 2010

Aprendendo com os dogs


Ao final de cada dia, depois de trabalhar e fazer todas as minhas tarefas sento-me na cabeceira da minha cama e ligo o Wi-fi do notebook a procura de uma rede aberta aqui na região. Faço isso diariamente só pra checar se por um acaso alguém, distraído e sonolento não se esquece dos protocolos de segurança e libera, pelo amor de Deus, um tiquinho da sua conexão banda larga. Mas como isso nunca acontece meus textos são todos rascunhados num bloco de notas e, quando rola um tempo e uma paciência eu corro na Lan House pra postar e fazer tudo o que preciso na internet. Ô vida!

Hoje os dedos tamborilam meu teclado com mais leveza e sem me incomodar. Embora meio mal-feitas as unhas agora têm uma cor que eu gosto. Estou mesmo apreciando essa coisa de fazer as próprias unhas, mas não consigo variar muito nas cores dos esmaltes como as experts da internet que dão diquinhas e postam as novidades do mundo dos esmaltes. Sou uma pessoa que não ousa muito em termos de moda e tendências, devo admitir.

Mas nada disso tem a ver com o que eu gostaria de escrever. São mesmo algumas palavras e idéias ao acaso!!!

Eu tenho duas cachorras. A Belka e a Kalua. Uma poodle branca e uma schnauzer respectivamente. Ambas têm quatro anos com uma diferença de 30 dias uma da outra.

Desde que as tornei meus animais de estimação e me propus a cuidar e amar eu as vacino anualmente, como deve ser,  e dou a elas uma das melhores rações que há no mercado, o que lhes garante boa saúde, dentes fortes, pelos sedosos, energia e força nas patas. Isso e mais algumas qualidades que uma alimentação balanceada proporciona, porém há algumas características que são bem particulares, que não estão ligadas aos cuidados e sim à personalidade de cada uma.
A Kalua é agitada. Meio – ou totalmente – estressada. É muito suscetível a mudanças e percebe cada uma das nossas emoções. Era ela quem vinha lamber meu rosto quando as lágrimas surgiam e foi ela também quem ficou doente quando passamos por várias mudanças, como se o bichinho somatizasse tudo aquilo em doença de pele.

A Belka é brincalhona. Uma moleca sem vergonha que não se incomoda em checar se eu estou dormindo ou acordada quando vem brincar embaixo das minhas cobertas. Ela é meio blasé. Não importa o quanto você a chame: se ela não está a fim naquele momento, simplesmente te ignora, mas quando vem logo te dá a barriguinha para ser acariciada. 

Embora eu as alimente só com ração ambas não resistem às guloseimas caninas e teimam em querer comer a minha comida, que não é sequer balanceada pra mim, imagina pras cachorras!!! E é este o ponto onde quero mostrar que o animal é mesmo a cara do dono ou vice e versa.

Quando me sento para comer no sofá ou sobre a mesa a Belka vem, se estica sobre uma das minhas pernas e passa todo o tempo da minha refeição dando toquinhos com as patas dianteiras e grunhindo num gesto de súplica por um pedaço de qualquer coisa que seja que tenha no meu prato. Mesmo que eu diga “não” e a afaste para ficar com as quatro patas no chão ela é insistente, obstinada e continua a lutar pelo que quer, até finalmente eu me cansar e dar a ela um tiquinho ou migalha de qualquer coisa.

Percebendo esta movimentação chega a Kalua, saída de seu pequeno reino particular – a almofada - de onde fitava toda aquela “luta” da Belka com atenção, porém sem mover um músculo. Ela se aproxima, senta-se ao meu lado e só precisa esticar o focinho na minha direção para ganhar o equivalente ao que foi dado à poodle, porque nunca dou nada a uma sem dar à outra.

A verdade é que, se nenhuma delas me pedisse comida, nenhuma delas ganharia nada, porém a Kalua já aprendeu que ela só precisa esperar respingar nela os frutos do esforço da “irmã”.

É claro que eu já havia observado isso na dinâmica das minhas filhas peludas, mas há algum tempo passei a comparar isso com a minha vida e percebi o quanto isso dizfala sobre o que eu sou.

Fiquei tanto tempo acomodada a um relacionamento e pensando em tudo como NOSSO que acabei deixando de lado o que EU queria.  Não acho que desisti dos meus sonhos, apenas não cultivei novos objetivos que dissessem respeito somente a mim. Deixei de pensar o que EU, somente EU gostaria de fazer no futuro, de ter planos ambiciosos enquanto profissional ou de ter sequer pequenos planos. Só fui levando e deixando que a vida respingasse pequenas migalhas em mim.

Não lutei por nada nos últimos anos. Se a vida me dizia “não” eu voltava para o meu lugar de segurança pensando sempre que “não era para ser” sem questionar os motivos ou o quanto eu não me esforcei para que o plano inicial realmente acontecesse. É muito mais fácil aceitar a derrota que correr contra o vento até conquistar o objetivo.

Em algumas circunstâncias o fracasso vem, é fato. E ele faz parte de qualquer trajetória, mas se entregar a ele sem questionar os motivos do “não” da vida é sinal de fraqueza. Talvez o não seja apenas uma etapa para se chegar ao SIM, por isso não posso desistir tão facilmente.

Foi à fraqueza a quem eu me entreguei quando abri mão de mim e dos meus valores durante tanto tempo, pensando que não valia a pena lutar por eles. Fui um pouco Kalua, só esticando o focinho para receber as graças que me eram dadas, mas sem lutar por elas ou por outras graças às quais eu desejava alcançar. Fui preguiçosa, eu sei, e não me orgulho disso em nenhum momento.

Observei isso já há algum tempo, mas só agora pude elaborar uma idéia para sair desse ciclo de conformismo.

Não quer dizer que agora, neste exato momento eu saiba EXATAMENTE o que fazer. Não sou dessas pessoas que acorda uma manhã e muda tudo na vida. Embora haja certa ansiedade, sou movida dia-a-dia, em doses homeopáticas. A mudança ver surgindo aos poucos, com uma idéia aqui outra acolá e aí um dia eu vejo que mudei completamente assim, quase naturalmente.

Cada um tem um tempo para as coisas acontecerem e o fato da vida ter me atropelado ultimamente fez com que eu sentisse a necessidade de rever esse meu “tempo”. Talvez ele seja muito lento para mim, talvez eu crie uma ansiedade justamente porque não faço as coisas caminharem no mesmo tempo em que minha mente e meu coração precisam. É como se as coisas ficassem desconexas às vezes. Como se eu quisesse uma coisa, meu coração outra coisa e eu desse rumo à minha vida numa terceira direção, num ritmo lento demais para tudo o que está acontecendo ao redor.

Affe! Até eu fiquei confusa agora. Mas é fato que talvez eu precise aprender a acelerar os processos de mudança de qualquer natureza da minha existência, inclusive o de criar e perseguir meus objetivos com mais afinco, com perseverança e força, bem como minha doguinha me ensina. Porém jamais sem perder a fofura! hehehe

Ao final de seu livro “Comer Rezar Amar”, o qual eu acabei de ouvir, a autora Elizabeth Gilbert, depois de sua jornada de um ano por três países descobrindo o prazer de comer, de aprender um novo idioma, encontrando-se espiritualmente e achando um novo amor afirma que agora, depois de tudo isso está “liberta de toda a farsa de fingir ser qualquer outra pessoa senão ela mesma” e entre outros trechos que destaquei do livro este foi o que mais me identifiquei.

Acho que agora, e só agora, depois de tanto tempo é que posso dar asas a mim mesma sendo apenas o que eu quero e sou, sem me preocupar se vou ou não agradar ou ser eficiente. Começar do zero uma relação comigo mesma é, acima de tudo, uma oportunidade de crescimento e auto-descoberta a qual eu não preciso fazer viajando a países distantes nem seguindo as previsões de um guru. É algo que eu posso fazer aqui mesmo, sentada em minha cabeceira, de dentro pra fora... dia após dia.

04 setembro, 2010

Atropelanda por pensamentos

Sabe aqueles dias em que você é atropelada pelos pensamentos, como se pensasse em várias coisas desconexas e uma não ajuda a outra a ser concluída ou solucionada? Estou assim esta semana. Entre mil coisas pra fazer, outras mil que não consegui fazer e mais umas quinhentas que fiz sem planejar ainda estou com vários projetos e esboços de idéias rondando meus dias.

Além disso tudo, neste exato momento, digitando estas palavras posso colocar no bolo de pensamentos a má decisão que tomei ao pintar as unhas de uma cor péssima para meu tom de pele e isso está me incomodando, já que não consigo desviar totalmente a atenção da ponta dos dedos que dançam à minha frente como pequenos pontos de cor pálida e impossível de descrever.

Tendo dito isto percebam como meu final de dia, do final da semana está meio atrapalhado e confuso. Sinal de que preciso botar as idéias no lugar e a melhor forma que consigo pensar é escrever.

Me divirto comigo mesma quando uso os verbos conjugados no plural: percebam, vejam, sabem etc, imaginando que um mundo de gente se perde por aqui e lêem sobre meu cotidiano um tanto comum. Tenho dois seguidores e um deles é minha dinda, a qual me deixou um recado lindo esses dias onde dizia que ela não é a metade daquilo que eu sou, referindo-se à minha forma de encarar as mudanças e me recuperar de algumas rasteiras voltando ao meu humor de costume. Logo ela, a quem eu sempre admirei como pessoa e profissional e quem eu queria ser metade do que ela é. Chorei, claro. E o fiz sentada numa das poltronas do Starbucks tomando um copo gigante de frapuccino de caramelo com base de café, por favor.

Estava lá testando meu novo aparelho celular com Wi-fi, que eu escolhi sozinha, sem ajuda de marido geek que adora tecnologia e sempre me guiava nessas coisas que eu não dou tanta importância. Para muita gente pode parecer uma besteira imensa, mas para mim representa mais um passo para a nova vida. Saber o que eu quero e preciso e ir lá escolher sozinha o melhor custo-benefício por isso é pra mim mais uma prova de que “Yes, I can”.

De volta ao recado, chorei! Logo com o recado da dinda, a quem eu prometi neste mesmo mal traçado blog “no more tears”. Mas não foi de tristeza, e sim de alegria, por saber que mesmo estando há quilômetros de distância ela se preocupa, zela, torce e ainda acredita em todo o meu potencial seja ele profissional ou pessoal (quanta palavra com “al”). É uma super injeção de auto-estima ter alguém como ela ao meu lado sempre, mesmo quando eu faço coisas erradas. Em minha defesa, quem não faz???

Uma das coisas que aflige minha semana é um sonho, um projeto. Vou chamar de meta. É algo que me incomoda – no sentido bom da palavra – há bastante tempo, mais do que eu consiga me lembrar agora. Algumas vezes estive perto de dar alguns passos em direção à concretização desta, mas recuei com medo ou por não achar que o momento era certo. Não cabe aqui descrevê-la, mesmo porque é ainda uma idéia muito vaga, mesmo que perdure há tempos, mas ela vem martelando meus pensamentos me fazendo questionar se está na hora de tirá-la do rascunho rumo à prática.

Esta semana também voltei a pensar no que fazer nas férias. Aqueles míseros 15 dias que tiro uma vez ao ano pra não fazer e não pensar em nada. Nos dois últimos anos fui para Florianópolis, o meu lugar no mundo. Sempre que penso num lugar feliz, onde eu quero passar o resto da vida é esta ilha que me vem à mente. Me imagino morando numa vila de pescadores – Santo Antônio de Lisboa, para ser exata – com roupas leves e esvoaçantes, dona de uma loja de colorido peculiar que atenda a turistas e pessoas locais que buscam presentes criativos e objetos exclusivos para suas casas. Um lugar leve, de entardecer cor de laranja à beira mar, com ruelas de pedra onde eu possa passear com meus dogs e tomar um drink gelado num borzinho charmoso ao anoitecer. 
Entardecer em Ponta das Canas
É uma idéia totalmente romântica e que embora não diga muito sobre a pessoa que eu sou hoje, acho que combina muito com a pessoa que eu quero ser daqui um tempo. Não hoje, não agora, mas um dia com certeza.

Já que Florianópolis é meu lugar no mundo e devido ao fato de eu ter hospedagem gratuita por lá estou considerando voltar, mesmo que seja o terceiro ano consecutivo. O que me preocupa é o fato de eu não ter companhia para ir e ficar. Não quero ir com minha tia e meus primos pequenos. Minha idéia de férias é mais tranqüila que isso. Não quero ir com meu irmão para não queimar o filme dele, que é gatinho e atrai muitas gatinhas ao redor também. E ainda não encontrei ninguém com a mesma disponibilidade de datas que eu para enfrentar algumas horas de viagem e se enterrar na areia comigo.

Porém, contudo e entretanto quero muito viajar. Eu começo a planejar minhas férias seguintes logo assim que acabam as atuais tamanha é minha vontade de fugir do mundo. Para este ano a idéia era sair em um cruzeiro que passaria por Búzios, mas este plano foi por água abaixo já há algum tempo, então pensando que faltam só alguns meses para o final do ano e daqui por diante eu trabalho feito uma maluca para manter as vendas de Natal, tenho que ser rápida e decidir o que fazer logo, antes que as passagens e pacotes fiquem carésimos e eu tenha que passar as festas por aqui mesmo, no que promete ser o mais deprimente ano novo de toda a minha vida.

Digo isso porque ano novo é época de balanço para mim e devido ao ano tumultuado o balanço vai ficar meio pendente pro lado ruim, o que não é de todo mal, visto que as conquistas posteriores aos acontecimentos ruins são bem pesadas nesta balança. Mesmo assim não queria ficar em casa.

Acho que vou precisar de mais algumas semanas pensando sobre isso até me decidir =S... Any ideas???

E para finalizar a semana com chave de “ouro” o faço com um pequeno pesar: quebrei hoje minha primeira louça da casa =(. Como se não bastasse a perda de parte de um joguinho lindo de xícaras ela fazia parte do jogo de jantar LINDO que ganhei quando me casei e que cuido com o maior carinho desde então. Mas ainda assim estou orgulhosa de mim, primeiro porque demorei CINCO anos de manuseio e uso para quebrar uma única peça do jogo e segundo porque só o fiz depois de UMA semana morando na casa nova, o que é um certo recorde pra mim.

Aqui uma imagem da minha ex-xícara linda em um de seus dias de glória, servindo de modelo para alguma produção tosca que faço com minhas comidinhas de vez em quando!


02 setembro, 2010

Domingão de folga

Este texto foi escrito originalmente dia 29/08, domingo passado, mas como ainda estou sem internet em casa tenho que esperar dar um tempo pra ir à Lan House (coisa que eu ODEIO) e atualizar tudo o que preciso em algumas horas.

A questão é que, quando fechei meu pacote de internet e TV, a operadora me vendeu os três serviços (incluindo telefone, o qual eu não fazia questão), sem avisar que eu estaria sujeita à disponibilidade do Speedy na minha região. Este é o único serviço de internet que chega ao meu prédio e por causa dele é que fui obrigada a assinar uma linha da Telefônica e agora pode ser que eu nem consiga o Speedy tão cedo!!! Ô saco!

Mas enfim, depois da indignação, vou ao texto escrito ha dias!

Querido diário...

Hahahaha... sempre quis escrever isso... A verdade é que sempre quis ter um diário. Acho super fofo aquelas pessoas que lêem os diários das avós depois de longos anos descritos em folhas lindas e meio amareladas, mas não sou essa pessoa romântica e desde a adolescência tento manter a escrita sobre meu cotidiano, mas não consigo. Depois de adulta recorri aos blogs, mas perdi a conta de quantos comecei e quantos morreram menos de um ano depois. Esse aqui ta durando. Deve ser por causa da vida nova... estou adorando escrever sobre ela. No mais, sei lá pra quem é que eu escrevo isso, né? Tenho meia dúzia de leitores os quais a maioria faz parte da minha vida e estes sabem dos fatos de corpo presente, uai!

Mesmo assim notei que escrever sobre o que está acontecendo na vida é divertido e posso refletir sobre ele fazendo isso. Como não tenho muuuuito tempo, um jeito de otimizar é digitar ao invés de escrever... e boto na net porque não terei paciência de reler isso nunca, então se fosse cadernos ficariam aqui ocupando espaço à toa.

Falando em espaço, o meu anda meio limitado. Estou com as pernas com vários e pequenos hematomas de tanto dar pancada nas coisas. É o que acontece quando vc se muda de um apartamento pra um Kinder Ovo.  Aliás, como se já não bastasse eu mesma me arrebentar batendo nas coisas trouxe aqui meus “cumpadres” Tabata e Marcelo pra conhecer a casa nova e ele também deu um jeito de topar com a quina de algumas coisas. Então o problema é mesmo generalizado.

Mas meu Kinder ta fofo, viu? As cachorras ainda não fazem xixi onde eu gostaria, que é no banheiro – quer lugar melhor? Elas, por alguma razão, têm medo de entrar lá. Acho que por que é estreito, com muita coisa e a janela está sempre aberta, de onde vem bastante barulho de “mundo”. Mas tudo bem. Não detonando meus tapetes é o que importa e elas são boazinhas e só fazem onde tem jornal, que eu coloquei num lugar alternativo até elas acostumarem com os sons do banheiro =D.

Aí domingão foi minha folga e fiquei muito com medão de não ter o que fazer e acabar subindo pro Center 3. De fato fui até lá (DUAS vezes), mas como conseqüência de outros passeios. Primeiro porque fui almoçar com o casal que citei acima na Bela Paulista. O lanche é ótimo, mas alimenta três pessoas e eu, pobre, tive que pedir pra trazer os 2/3 intocados do meu sanduíche pra casa. Mas valeu muito à pena. Quente ou frio o lanche é ótimo!

Aí depois do almoço dei mais uma ajeitada nas coisas por aqui e como era meu único dia de folga no mês, decidi que não podia trabalhar né? E fui bater perna no shopping Sta. Cruz. De lá passei novamente no C3 pra poder voltar à pé e cantarolando pra casa, como fiz na sexta anterior. E como já havia subido até a Paulista à pé pra almoçar, no final do dia estava só o pó, mas tudo bem!

A semana será agitadinha. Tenho duas encomendas pra entregar, uma outra pra recolocar no correio já que a drouga do pacote voltou por endereço desconhecido e O ENDEREÇO É CONHECIDÍSSIMO VIU, SR. CORREIO??? HUNF! Tenho ainda que terminar as lembranças da Vitoria, que vai pra casa na segunda-feira, dia em que meu irmão vai passar aqui pra jantar, então bora pensar em algo pra cozinhar que não utilize fogão, porque ainda não pude instalar o botijão aqui. E por fim, mas não menos importante, preciso dar um gás nas coisas pra feira no domingão. Além disso tenho que passar na costureira, ir ao encontro de ex-alunos da faculdade que fiz a qual não exerço mais a profissão, mas to no pique de rever o povo e encontrar duas amigas queridas que têm projetos pra me propor.

Adoooooro meu trabalho e minha vida meio hiponga.

Ahhhhhhh... E sexta que vem tem cineminha pra fechar a semana. Faz parte da minha meta de vida nova assistir pelo menos uma das estréias da semana.

 Numa das idas ao Center 3 peguei com a Regina - (11) 5841-6270 -  o trio de caixinhas que ela e a filha , Barbara, fizeram pra mim personalizadíssimas, com direito a escolher o papel e tudo. Não sabia muito bem onde colocar quando as pedi, mas através da sugestão da dinda Tabata e depois de um teste rápido vi que elas ficariam lindas no meu novo quarto, que está super lindo e feminino. Abaixo a fotinho pra mostrar um pouco de como ele está ficando!