26 fevereiro, 2010

As flores de pano não morrem

Sou uma pessoa habilidosa desde que me conheço por gente. Desde muito pequena, além de falar pelos cotovelos tinha uma forte atração por colas, papeis, tecidinhos e tesouras (nesta época sem ponta, porque não sou psicopata, "course"). Me lembro de confeccionar as roupas das minhas Barbies enquanto minhas amigas gastavam os tubos com roupitchas sempre iguais.

Quando certa vez conheci uma vizinha com este interesse em comum, juntas construímos uma casa de três andares com elevador, um carro, um guarda-roupas e milhares de acessórios pras nossas bonecas com materiais juntados aqui e ali. Não era um trabalho assim, digno de Mattel, mas ninguém no mundo tinha um universo igual ao nosso.

E foi assim minha vida toda. Se eu enxergava potencial em algum material esquecido em casa transformava ele am algo útil ou num enfeitinho. Muita coisa foi pro lixo, mesmo porque seriam 30 anos de tranqueiras acumuladas.

Depois de adulta e injuriada com a falta de oportunidade na área em que escohi para me formar e trabalhar resolvi colocar minha habilidade em prática e  me arrisquei em técnicas de artesanato. Quis fazer pintura, mas não tenho jeito. Nem em tela nem em caixas nem em nada. Fiz cartonagem - aliás, ainda faço -, escultura, biscuit, scrapbooking, bijouteria, crochet... até que cheguei ao tecido há cerca de 5 anos. 

Foi amor à primeira vista e assim que consegui costurar minha primeira peça soube que era aquilo que eu queria fazer da vida. 

Com a moda do patchwork não foi difícil encontrar aulas, tutoriais e a mais diversa gama de produtos para se fazer com tecido, entre elas a florzinha de fuxico, que hoje é minha especialidade. Faço cerca de 200 por semana para aplicar nos porta celulares, fazer broches, presilhas, elásticos e a novidade: vasinhos.

Poucas vezes criei produtos decorativos. Gosto mais daqueles que a gente usa e que facilita nosso dia-a-dia, mas este surgiu a partir dessa coisa que nasce dentro de mim quando vejo material encostado, que já expliquei lá em cima. E não foram as flores nem os vasinhos que estavam parados aqui, mas sim as pedras, esses seixos brancos que dá pra ver na foto. Eles eram parte de uma fonte, que eu fiz quando casei, cujo barulho irritava imensamente o Renato. Aí desmontei ela e as pedrinhas estavam aqui em casa ha um tempão, implorando pra serem usadas.

Então, a partir das pedras surgiu a idéia! hehehe

Claro que isso tudo não deve ser assim tããão interessante pras pessoas que lêem este texto, mas o entusiasmo que sinto por dar utilidade a algo que iria pro lixo é uma sensação que me remete às minhas origens, à época em que não me dava conta de que a criatividade e habilidade que me foram dados por Deus podiam ser usadas de forma tão gratificante e, muito menos, tornar-se minha profissão um dia. Prova disto é que durante algum tempo deixei o artesanato de lado pra me dedicar ao jornalismo, profissão a qual amo, mas hoje é só um diploma na parede - mentira, nem fui pegar meu diploma...

Bom, então tá aí o resultado de um pote de pedrinhas reutilizadas. Elas estarão à venda a partir deste domingo, no Shopping Center 3 - Av. Paulista, 2064, esquina com a Rua Augusta. Aparece lá!!!

PS. Além de desentulhar as pedrinhas daqui de casa, ainda faço uma grana com elas... Isso é muito tudo de bom!!!

24 fevereiro, 2010

Tô com uma vontaaaaade...

Ai ai... ando bem Amélia ultimamente. Faço comidinha em casa pro maridão, deixo as coisas em ordem (nem tanto) pra poder ficar com ele quando ele chega em casa e até tenho feito bolo. Isso não significa que eles tenham ficado bons, devo deixar claro.

Desde que me conheço por gente sou uma boleira péssima. Meus bolos ficam murchos, feios, tortos, sem açúcar e até sem gosto. Nem os de caixinha eu acerto. Já desenganada e com uma vontade danada de comer bolo com café comentei isso com a Jô, a faxineira da família toda que alegra minhas quartas-feiras, e ela me deu a solução: um bolo de milho cremoso super fácil e sem aquela coisa chata de bater claras em neve depois misturar cuidadosamente ao restante da massa. Tudo muito rápido e simples, batido no liquidificador. 

O que demora mais é o tempo de forno. Quase uma horinha na temperatura média, mas o resultado é um petisco delicioso pra tomar com chá, suco ou café e valeu muuuito a pena tentar ;D. Vou devorar ele depois do pacote de biscoitos de polvilho que comprei escondida do Renato... hehehe.

Aí como ando bem sem assunto ultimamente e bem correndo, segue o post relâmpago com a receitinha, porque já tô na Amelice, então vamos compartilhar, né não???

Bolo de milho da Jô

Bata no liquidificador:
1 lata de milho
1/2 litro de leite
2 copos de açúcar
1/2 copo de óleo
2 colheres de manteiga
2 colheres de farinha de trigo
1 copo de fubá fino (eu usei polentina peneirada)
4 ovos
1 colherzinha de fermento em pó

Tcharãn... delícia!!!

Ai, ser gordinha é um inferno! hahahaha

09 fevereiro, 2010

O que fazer com ovinhos de codorna?

Minha amiga Tabata tem um blog fofo onde ela conta as desventuras da vida de recém casada. Aí esses dias em um dos posts citou meu falecido blog com um pesar por ele não existir mais, aí fiquei comovida com o apelo silencioso e a falta de modéstia me fez ressucitar este aqui, que eu escrevo a cada 6 meses e sem rascunho, direto no template.

Mas na verdade o que eu queria é falar sobre minha nova resolução de ano novo, que é "deixar de preguiça". Com essa, várias coisas boas surgem, como fazer almoço e janta pro maridão, arrumar a cama pela manhã, não deixar louça acumulando na pia... ou seja, uma "amelice" total, né? Resolvi isso no âmbito casamental porque eu estava deixando o tadinho do marido e minha casa muito largados, sem contar que gastava uma grana comendo fora, aí esse ano decidi que seria uma esposa melhor se cuidasse mais do Renato.

E assim foi: quando ele vem almoçar sempre tem comidinha boa e na janta sempre tem uma coisinhas gostosa pra beliscar. No final de semana a gnete vai bater perna e comer fora, mas de segunda a sexta o rango é aqui em casa.

Ontem resolvi fazer a comida de boteco que maridão mais gosta, bolinho de ovo, mas com ovinhos de codorna pra ficar um bolinho aperitivo, não uma bolinho gigante com cara de azia.

Em tempo, inventei de fazer esse petisco quando era recém casada e isso quase me custou um olho, porque na hora de mexer a massa pra virar uma bola, a colher de pau quebrou no meio e o cabo voou direto pra minha cara. Mesmo assim fiz a receita e ficou ótima apesar das fagulhas da colher dentro da massa.

Peguei a receita da massa na internet no site, pasmem, Cozinha para machos. Fácil fácil e ficou mega sequinho. Maridão adorou e até "tuitamos" na hora em que ficou pronto hehehe.

Usando a mesma receita dá pra fazer outros bolinhos, como queijo com orégano! Hummmm!

Aqui, a foto dos ovinhos já cozidos, dos bolinhos empanados e do prato de arroz com cenoura que comemos junto.