29 janeiro, 2007

Feriado Chuva e Cineminha

Tem umas coisas que só acontecem comigo, não é possível. Passei um ano inteiro indo ao cinema pingado, assistindo a filmes apenas na TV e sem comer a deliciosa pipoca com litros de manteiga derretida. Então uma das resoluções de ano novo era "ir mais ao cinema". E estou levando à sério isso! No feriado do dia 25 fui ao Kinoplex do Itaim pagar um milhão de reais no ingresso para assistir "Babel", do diretor mexicano Alejandro González-Iñárritu - aquele de "21 gramas" que eu A-DO-REI e Renato DOR-MIU... Cretino!

Enfim... pegamos aquela sessão das 11 e pouco da noite, sem molecada e totalmente tranquila. Parecia o plano perfeito não fosse o projetor dar pau antes mesmo de iniciar o filme - se bem que, se eu tivesse visto um tequinho e não pudesse continuar ficaria mais brava ainda.

Aí entrou o gerente da budega e explica que nós, pobres azarados, poderíamos assistir o filme da sala da frente, "Déjà Vu", ou poderíamor trocar nossos ingressos para voltar outro dia. maridão e eu optamos por voltar ao cinema outro dia e levar conosco o balde de pipoca que já háviamos comprado, então descemos até a bilheteria e, como desgraça pouca é bobagem (ai que exageroooo), estava uma chuva torrencial (sem exagero).

Eu, de sandalinha rasteira, já apertei o braço do Renato como se ao ver toda aquela água fosse tomada por pânico repentino e disse: "Ok, "Déjà Vu", e subimos novamente a escadinha para a sala, sorrimos amarelo pro menininho da porta e entramos.

Ô óidio... antes tivesse me molhado para chegar ao carro, mas com a oportunidade de voltar ao cinema do que visto o raio do filme com Denzel Washington, que é ótimo e eu o adoro como bad boy em "Dia de Treinamento", entre outros Blockbusters.

O filme é maluco. Não maluco maluco, porque eu gosto de filmes malucos, mas é irreal demais para uma película de ação. Sabe aquele filme que tem uma ótima sinopse mas parece que não evolui? Então... déjà vu. Ele se explica, te desperta o interesse e se contradiz. Tudo isso em duas horinhas. Pouco tempo e muita viagem.

Para mim, o filme MUITO BOM tem que ser inteligente, emocionante, me fazer pensar em algo e me surpreender. Renato gostou. Ficou o tempo todo tenso e isso para ele já basta. Aliás, filme bom para ele tem que: 1- mantê-lo acordado, 2- ter cenas de ação e perseguição e/ou 3- fazê-lo dar algumas risadas. E os três fatores nem precisam estar juntos. Se ele fosse jurado do Oscar talvez os prêmios fossem mais justos! hahaha.

23 janeiro, 2007

Tempestade ou Ventania?

Hoje me peguei pensando numa coisa crucial para minha existência, acerca de Tempestade e Ventania. Não os fenômenos naturais, mas a personagem de Halle Berry na trilogia "X-Man".

Não queria procurar no Google, e sim na minha memória - que é podre e isso não dá pra esconder - porque eu assisti o filme este final de semana. E DUBLADO (urgh). Então eu tinha a obrigação moral (e física) de lembrar.

Moral e física me lembra a matéria que tive na sexta série, com a professora Valdiva, que usava tamancos brilhantes e meias de algodão coloridas por cima de calça fusô. A matéria era Moral e Cívica, mas é parecido, anyway.

Depois de horas de duelo entre Tico e Teco, me lembrei que é Tempestade o nome da personagem, enquanto Ventania é o Cavalo alado da She-Ha.

Quantas peças nosso cérebro nos prega, não é mesmo?!

19 janeiro, 2007

Sobre xixis e divagações

Desde que nos casamos Renato e eu temos cachorro. A primeira foi a Fiona, a poodle doida devoradora de meias que por uma fatalidade foi para o céu dos dogs antes de completar um ano. Tomados por uma tristeza que não tinha fim, pegamos a Belka, outra poodle, só que não doida, chorona. Bom, agora ela é doida, mas antes só chorava, enfim... Aí inventamos de pegar a Kalua, a schnauzer reinventada (sim, comprei como schanauzer, mas é uma boa vira-latas lindaaaa). Esta SIM maluca. Pula igual sapo, cai no chão, levanta, pula mais, se joga, lambe nossa boca e destrói o que vê pela frente.

Todas sofriam ou sofrem do mesmo mal: o de não acertar sempre o local de fazer xixi. Sendo assim, ao invés do jornal, tem xixi na sala, no banheiro - no chão, devo deixar claro - no quarto, no sofá... Enfim, em tudo menos onde realmente deveria ser feito.

Já compramos livros de adestramento e pedimos mil dicas em fóruns e para o veterinário, porém não há o que faça aquelas duas peludas entenderem que chão sem jornal não é banheiro.

Aí outro dia deitamos na cama para dormir. Renato tinha uma cachorra envolta num braço e eu no outro. A Kalua estava na caminha que eu fiz e ela comeu e eu reformei, que fica ao lado da cama. Aí o belo começa a divagar: "sabe, nós temos dois grandes nichos nas mãos que nos deixariam milionários". Antes que eu perguntasse qual ele jogou a Belka no chão e se virou para mim, fazendo eu quase rolar pra fora da cama também, mas não se importou. Fechou a mão como se segurasse apertado o tal nicho e disse, seguro: "Primeiro a gente se inscreve no "Américan Inventor" com um produto revolucionário para cães, impossíveis de serem destruídos. A Kalua - aquela que destrói tudo, lembram - será nosso controle de qualidade". A teoria dele é que se ela não arregaça o brinquedo, ninguém mais o faz, porque nem sequer os mais fortes mimos para pets escaparam daquela draga.

Aí eu, atônita, olhando para a cara dele de inventor alucinado, ainda me recuperando do quase tombo digo: "E o que você supõe que inventemos? Uma bola de chumbo que além do cão não destroçar ainda fica com os dentes pela metade?" Se bem que a idéia não me parece tão absurda agora, falando assim... hehehe... Mas enfim, era para parecer absurdo, porém Renato diz, entusiasmadíssimo: "ÉÉÉ... daí a gente inventa uma linha para cachorro banguela, que tal?"

"Renato, vai dormir que amanhã a gente levanta cedo!"

"Não, não... péra! Não disse qual o segundo nicho que atenderemos. Você que gosta de escrever TEM que escrever um livro sobre "Como educar seu cão a não fazer xixi no tapete".

"Como assim, TENHO? Não consegui sequer ensinar as minhas a não deixarem meus tapetes fedendo."

"Nãããããããooo. É assim, você vende um livro lacrado, gordo, com uma capa bem chamativa. Duvido que as pessoas passarão na frente da Nobel e não vão comprar, porque todo mundo tem dog que mija nos tapetes."

"Ah é??? E o que vc sugere que eu escreva?"

"Escreve assim, em duas páginas, com letras grandes", e abre as mãos como se vislumbrasse um título:

"TIRE TODOS OS TAPETES DE CASA E DELEITE-SE COM UMA VIDA SEM XIXI NO TAPETE. FIM"

"RENATO VAI DORMIIIR", Hunf!

16 janeiro, 2007

Diamante de Sangue

Renato ainda não aprendeu que não deve levar a esposa na TPM para assistir filmes onde um grupo de revolucionários invade uma pequena aldeia, munido de um exército infantil que violenta e mata quem estiver na frente, mas enfim, fomos nós domingo pegar uma matinee, depois de um longo período de abstinência cinematográfica, e foi assim que teve início o filme "Diamante de Sangue", do diretor Edward Zwick - de "Lendas da Paixão" e "O Último Samurai".

A trama conta a história do mercenário e ex-combatente do exército Danny Archer (Leonardo Di Caprio), que encontra num prisioneiro das forças rebeldes de Serra Leoa a sua chance de sair de vez do continente africano, e deixar para trás uma vida de sangue e lutas.

O ator Djimon Hounson, que fez pontas em "Gladiador" e "A Ilha" e está na versão moderna de Caverna do Dragão "Eragon" faz Solomon Vandy, um pescador que vive na aldeia atacada no início do filme e é separado de sua família e levado para trabalhar nas minas de diamantes, que são contrabandeados para a Libéria e vendidos à grandes empresas joalheiras.

A história do filme é realmente emocionante e aborda de uma forma suave o caminhar das pessoas pela linha tênue entre valores e sobrevivência, ao mesmo tempo que ressalta a importância da fé e coragem para alcançar seus objetivos e, literalmente, as pessoas que ama.

Deixei a sala do cinema aos prantos, com meu senso de justiça aguçado e prometi a mim mesmo que NUNCA MAIS comprarei diamantes... HO HO HO...

Em tempo: Leonardo Di Caprio recebeu indicação ao Globo de Ouro de melhor ator dramático por este filme. Não ganhou, é fato, mas acho que a indicação deveria ir mesmo para Hounson, que rouba algumas cenas do filme.

15 janeiro, 2007

Programa de domingo

Domingo é sempre meio parecido. A gente levanta tarde, ainda meio com preguiça e sai da cama devagar, sonolento. Faz folia com a cachorrada e depois de um super café da manhã, bora bater perna.
Ontem fizemos diferente: ao invés de café em casa, optamos por dar um pulo no shopping pra experimentar o novíssimo Starbucks, recém inaugurado no Brasil, com uma única lojinha.
Eu, doida por café, já estava de olho gordo nesta há um tempinho, e ontem, quando deu certo de irmos, criei milhões de expectativas sobre o melhor café do mundo (sic) e já sabia que pediria café quente, pra vir naquele mega copo com furinho na tampa, igual os americanos se entopem nas séries televisivas! HOHOHO.
Ai fui lá, né?! Pra começar pegamos uma fila imensa, porque, segundo uma madame bolha que passou por mim com um copo da cafeteria, "essa caipirada não pode ver novidade". Só um adendo: caipirada é a puta que lhe pariu. Ahã... enfim... A fila! Maior chato pegar fila, mas tudo bem. Deu tempo pra ir estudando o cadápio e decidir que eu queria um "Breve mocha tall" ou seja, um mocachino com creme de leite pequeno. Quentinho... Uhuuu!
Fui ensaiando mentalmente na fila, pra chegar lá e fazer bonito, como se seeeeeempre frequentasse a rede. Então a caixa me pergunta: "Pois não". E eu, rápida: "Me vê um breve mocha tall". E a mocinha: "COMO"??? Ah, meu... vai se ferrar. Estragou toda a magia do meu momento. Ok, descobri que tá lá escrito no cardápio - que deve ser apenas a tradução do norte-americano - mas não existe a categoria "breve" no Brasil. Micoooo!
Então sentamos nós em uma das disputadíssimas mesinhas e, não fosse eu bater a mão no meu copo e derrubar "mocha" nas pessoas da fila, não teria me divertido muito com este passeio, porque, sinceramente, ainda prefiro Frans Café, viu?!
Me desculpe, glamuroso Starbucks brasileiro. Vocês podem colher os grãos mais lindos do mundo, moer com toda dedicação e vender um mísero café com leite por R$ 5,50, mas os três pingos da deliciosa bebida colocados no meu leite desnatado e sem graça me decepcionaram a ponde de optar pelo bom e velho Frans semana que vem. HUNF!